segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Um texto lindo que vi!!

FALANDO DE AMOR E PRECONCEITO
Marcial Salaverry

Como o próprio nome indica, preconceito é aquele julgamento que fazemos antes de qualquer conhecimento ou análise. Algo é ruim ou não presta, porque é assim que é, ou porque julgamos que é. 
Antes de julgamentos apressados, ou pior, de condenações apressadas, precisamos saber avaliar cada caso.
Nos casos de amor, a coisa pega mais forte ainda, pois já que “o coração tem razões que a própria razão desconhece”,  não é válido julgar se tal amor é “certo ou errado”.  Só é preciso saber se ele existe, se é real.
O que será certo ou errado neste mundo? Os pensamentos diferem de pessoa para pessoa, sendo muito difícil chegar-se a um consenso.  Assim sendo, quem poderá julgar-se o dono da verdade para considerar algo como certo ou errado?
Vamos tentar definir quais os amores que provocam reações em pessoas preconceituosas.
AMOR INTERRACIAL – Este já foi o mais condenado. Antigamente ver-se pessoas de raças diferentes juntas, sempre provocava olhares e comentários maldosos. Hoje é um pouco mais aceito, mas muitos pais, se falam que não tem preconceito racial, nunca aceitam que um filho ou filha tenha um relacionamento interracial. Não tem nada a ver, se ambos se amam. O coração e o cérebro não tem olhos para enxergar essas coisas, e se existe a real afinidade, o mais que se tem a fazer é aceitar a situação, e deixa-los viver o amor em paz.
AMOR HOMOSSEXUAL – Este então provoca enxaquecas e crises apopléticas em muita gente.
Diz-se que é contra a  Lei de Deus porque esta diz “Crescei-vos e multiplicai-vos”, mas também diz “Amai-vos uns aos outros”, sem fazer alusão a cor ou sexo.  Então, cada qual segue a que mais lhe convier, sem estar indo contra os ditames atribuídos ao Amigão.  Aliás, se existe algo que pode ser considerado como uma Lei Divina,  é o Amor entre as pessoas, ficando por conta do livre arbítrio como esse amor deve ser praticado.  Assim sendo, não é lícito interferir, quando duas pessoas do mesmo sexo sentem amor entre si.  Se para uns é um amor diferente, para eles é amor simplesmente.  Atentar contra a liberdade de pensamento é muito mais contrário às leis divinas, do que pessoas que sentem amor, desejem praticá-lo.
AMOR INTERSOCIAL – Este não é tão condenado, mas sempre suscita preconceitos e libera comentários maldosos.  Em certas camadas, existe um preconceito muito forte contra um amor entre pessoas de condições sociais diferentes.  Volta-se a bater na mesma tecla.  Se eles se amam, saberão acertar entre si todas as diferenças porventura existentes, sem que ninguém precise as ficar apontando, criticando e condenando.
AMOR INTERGERACIONAL – Sempre casais com muita diferença de idade são apontados e discriminados, com a célebre frase “Parecem pai (ou mãe) e filho”... Nesse caso, um romance entre um homem maduro e uma jovem é melhor aceito do que aquele entre uma mulher madura e um jovem. Não vejo diferença.  Tanto uns como outros tem o mesmo direito à felicidade. Se eles se amam... alguém tem alguma coisa a ver com a diferença etária?
Apenas para finalizar, um lembrete. Muitas vezes tais “amores impossíveis” dão muito mais certo do que os ditos “normais”, pois, existindo o amor, fica fácil os chamados “acertos entre si”, desde que os deixemos em paz, vivendo com o amor que sentem um pelo outro.  Muitas vezes o que ocorre, é que a perseguição e as críticas pode leva-los a manter uma união sem aquele amor verdadeiro, apenas “para contrariar e mostrar que faço o que quero”. É quando pode não certo, para felicidade dos preconceituosos, que sempre sorriem vitoriosos, com a célebre frase: "Não te disse?". 
Mas quando o amor é real, forte entre ambos, devem apenas estar preparados para encarar certas reações preconceituosas, apenas procurando dar a resposta através do amor que sentem um pelo outro. Vivam com, do e para o amor, e fim de papo.
Uma grande verdade é que o amor é cego, portanto não tem enxerga cor, sexo, condição social ou idade. Apenas existe, e provoca aquela sensação deliciosa quando os amantes estão juntos.
E se o amor existe, há que deixa-lo sobreviver.  Não existe “amor diferente”.  Existe AMOR, simplesmente e deve ser vivido intensamente e da melhor maneira possível. 

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